Abracei o meu novo fevereiro e resolvemos sair para jantar no nosso primeiro Valentine's Day juntos. Lição aprendida: nunca saia para jantar no Valentine's Day em Las Vegas. Os nossos restaurantes preferidos estavam todos lotados, mas por fim conseguimos fazer uma reserva em um restaurante italiano que tínhamos ido nos primórdios do namoro.
Naquele dia lá em 2010, comemos tanto e tomamos tanto vinho que chegamos em casa imprestáveis. Nada romântico. Dessa vez, pegamos mais leve na massa e no vinho. Tava uma delícia, mas no ano que vem vamos jantar no dia 15, ao invés do dia 14.
O que eu acho mais legal do Valentine's Day é que tem um conceito diferente do Dia dos Namorados. É um dia dedicado ao amor, seja ele entre casais, pais e filhos ou até entre amigos. Não se limita apenas ao amor romântico e sim ao amor na sua forma mais pura e simples. Nesse clima, olhem o nosso Chima, o melhor presente no meio dos presentes todos.
Menos de um semana depois do dia do amor, o meu amor se foi para a China! Sim, vocês leram bem, para China. Foi passar uma semana inteira lá à negócios. Do outro lado do mundo, com um fuso horário de 15 horas. Mais fuso horário na nossa vida. Eu fiquei louca para ir junto, mas a minha cota de passagens internacionais estava no limite.
No que se refere ao paraíso de compras, a China está para os Estados Unidos, assim como os Estados Unidos está para o Brasil. Os brasileiros adoram vir para cá se perder entre um outlet e outro. O Jared voltou para casa fascinado com os produtos da China a preço de nada. Eu ganhei varias coisas lindas made in China, apesar de eu morrer de remorso pelas condições de trabalho, mas não vou entrar nesse mérito.
Enfim, aquela semana foi longa demais. Agora eu entendo um pouquinho de o Jared reclamar tanto por eu ter ido para o Brasil por três semanas. O tempo não anda sem ele em casa. Não durmo direito, o Chima fica latindo no meio da noite por qualquer barulho e eu morro de medo de ficar sozinha nessa casa grande. Sou guria de apartamento, gente. Aqui não tem perigo, mas as portas nunca viram tantas trancas como naquela semana. Um fiasco!
No entanto, quando ele me mandou fotos do cérebro de pomba que ele COMEU (!), eu juro que fiquei um pouco agradecida por estar em terras ocidentais. O Jared em país estranho come até pedra. Não tenho esse senso de aventura estomacal que ele tem. Morri de nojo!
A única coisa boa foi que eu li um livro inteiro na ausência dele. Talvez o meu lado intelectual precise de mais semanas sem Jared. Azar do lado intelectual. Eu queria ele de volta da China pra já. Demorou, mas ele voltou no melhor super empolgado Jared que eu conheço, cheio de histórias para contar. Quase que nem eu. Quinta que vem tem mais.